quinta-feira, 19 de março de 2009

Igualdades e diferenças entre Web 1.0 e Web 2.0

Comparar web 1.0 com web 2.0 é fazer um paralelo a David e Golias. E que fique bem claro: apesar do tamanho, a internet aqui não faz o papel do gigante. Desde que o internauta percebeu seu real tamanho na rede, ele tem exigido mais dos veículos de comunicação online e desempenhando um papel fundamental para o crescimento da web.

A época em que a geração de conteúdo era unilateral – a dita web 1.0 - ficou para trás, dando espaço a um período em que todos podem (e são estimulados) a colaborarem com o jornalismo e a criarem seus próprios textos, imagens, vídeos, etc. Seriam os 15 minutos de fama repassados para a área da internet. O que na prática representa muito mais que 15 minutos.

A característica principal da web 1.0 era o consumo de informação e produtos. O internauta procurava um dado, um fato histórico ou um objeto e ele estava lá, disponível para o consumo. Exemplo clássico é a transposição dos conteúdos de jornais impressos para a internet, sem nenhuma alteração textual, criação de hiperlinks e/ou espaço de contato entre redação e leitor, o famoso ‘Fale com a redação’. Mas o que os construtores da web pré-anos 2000 não contavam era que apenas isso não era o suficiente.

O que se constatou pouco tempo depois é que não bastava criar um “novo espaço” de busca e sim fazer com que o seu interlocutor participasse ativamente da criação deste ambiente. Portanto, se esta é uma atividade desempenhada por mais de uma pessoa – no caso, milhões de pessoas – será um processo em constante transformação. E aí começa o advento da web 2.0.

Se sentir parte da informação e perceber que sua opinião é relevante fez do internauta a principal personagem da web. É a partir daí que explodem ferramentas como sites de relacionamento, blogs e suas variáveis e os espaços dentro de sites de notícias destinados exclusivamente ao internauta.

As comunidades virtuais se transformaram em um celeiro de importantes informações para empresas que buscam lançar seus produtos para um público específico e crítico. Até vagas de empregos estão sendo definidas ou até preenchidas a partir do perfil que uma pessoa mantém no mundo virtual (não vamos entrar no mérito da veracidade destes perfis).

O blog, que inicialmente foi visto como um “diário virtual”, passou a ter um caráter mais jornalístico, sem deixar de dar opinião do seu autor. Veículos de imprensa tradicionais que afirmavam não enxergar os blogs como concorrentes passaram a atacar a credibilidade do conteúdo publicado nas áreas. Mas acabaram se rendendo sem demora: incluíram personalidades e jornalistas renomados como colunistas permanentes em seus portais, assinando nada mais que blogs.

Um dos mais emblemáticos exemplos de web 2.0 mostrou como lucrar – e muito - com a plataforma. O You Tube, site de hospedagem de vídeos criado, em 2005, por dois jovens que na época nem tinham chegado à casa dos 30 anos, foi comprado, em 2007, pela gigante Google por nada menos que 1,65 bilhão de dólares. Na época do negócio, a empresa anunciou que o You Tube era um empreendimento estratégico já que funcionava como uma importante plataforma de mídia, o que se encaixa na missão do Google: “organizar o enorme montante de informações disponíveis na web”.

E as novidades não param de se multiplicar. Feeds, wikis, tags surgem entre as infinidades de formas se não se desligar da internet. Mesmo quando não se está conectado à rede.

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